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Diabetes tipo 3: quando o excesso de açúcar afeta o cérebro


Essa forma de diabetes está relacionada a resistência de insulina apenas no cérebro

O termo Diabetes tipo 3 é um termo proposto que indica a resistência à insulina no cérebro causada pela doença de Alzheimer. Apesar de um pouco complicado de entender, é preciso antes saber que este não é um termo universalmente aceito pela comunidade médica, mas que traz consigo um conceito muito importante: o de unir o cérebro ao Diabetes.

Vamos começar com o Alzheimer? Bem, a doença de Alzheimer é uma das causas de demência, ou seja, a perda da habilidade mental que interfere na qualidade de vida. Existem várias doenças causadoras de demência, e o Alzheimer é uma delas.

O grande X da questão, e que os pesquisadores sempre se debruçam, é entender a causa do Alzheimer e sua consequente perda de neurônios. E as pesquisas chegaram a um ponto de entender que as anormalidades dos neurônios e, portanto, a perda deles poderia estar relacionada com um tipo muito especial de Diabetes, acometendo somente o cérebro.

Entendendo os tipos de diabetes

Quando falamos em Diabetes, conhecemos mais comumente 2 tipos:

Diabetes tipo 1: acontece devido à falta de insulina no organismo, uma vez que as células do pâncreas produtoras da insulina (chamadas de células Beta) são destruídas por um processo autoimune, onde o próprio organismo ataca de forma seletiva estas células

Diabetes tipo 2: acontece mais frequentemente nos adultos, é causado, num primeiro momento, pela resistência à insulina. Nesses pacientes, o pâncreas até produz insulina, e muitas vezes em excesso, porém esta insulina se torna fraca devido ao processo de resistência. E a resistência é desencadeada pelo ganho de peso, sedentarismo, e a própria genética da pessoa, na maior parte dos casos. Com o passar do tempo, e a piora da resistência à insulina, o pâncreas pode entrar em exaustão e então acontecer falta de insulina.

Diabetes tipo 3

Diabetes tipo 3 seria uma forma de diabetes relacionada a resistência à insulina apenas no cérebro, diferente do tipo 2, onde há resistência à insulina no corpo todo. E essa situação de resistência à insulina apenas no cérebro estaria implicada na degeneração dos neurônios principalmente porque também poderia ocorrer uma falta de insulina no ambiente cerebral.

Com menos insulina há maior perda das sinapses, que são as comunicações entre os neurônios, e há perda da plasticidade dos próprios neurônios com falta de produção do neurotransmissor Acetilcolina, um dos principais meios de comunicação entre eles.

Cada vez mais os estudos têm apontado para a íntima relação entre o descontrole da glicose e do metabolismo relacionado à glicose como causadores ou agravantes de algumas doenças.

Passando pelas clássicas complicações do Diabetes como as neuropatias ou acometimento da retina, por exemplo, até implicações em outros órgãos até então pouco relacionados com o controle da glicose.

Prevenção

Manter os exames de sangue em dia, fazer consultas periódicas e buscar tratamento em caso de sintomas, sejam eles metabólicos, hormonais ou neurológicos é sempre um passo fundamental na prevenção e controle de diversas doenças.

Fonte: Minha Vida Dra. Andressa Heimbecher Soares ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA - CRM 123579/SP

ESPECIALISTA MINHA VIDA

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