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Tuberculose: a infecção mais mortal do mundo


O diagnóstico é fácil e o tratamento cura. Mesmo assim, a doença ainda faz estrago por aí. Veja seus sintomas e o que falta para ela virar coisa do passado

Muito antes de se tornar destino turístico badalado no inverno, a cidade paulista de Campos do Jordão cresceu e ganhou fama por abrigar pacientes com tuberculose. Desde a segunda metade do século 19, acreditava-se que o ar frio e puro de suas montanhas era o melhor tratamento contra o Mycobacterium tuberculosis, o bacilo de Koch, bactéria que invade os pulmões e provoca danos potencialmente fatais, além de sintomas bem desagradáveis.

Em poucas décadas, foram construídas casas de repouso grandes e luxuosas para atender os clientes ricos, enquanto os mais pobres eram acolhidos em sanatórios mantidos por associações de caridade. “O fluxo de pessoas aumentou tanto que o governo do estado de São Paulo construiu na década de 1910 uma linha de trem até o município”, conta a historiadora.

Quem são as pessoas mais afetadas pela tuberculose?

Transmitida por meio de gotículas que saem da boca e do nariz, a tuberculose se espalha fácil: estima-se que o bacilo de Koch esteja presente nos pulmões de pelo menos um terço da humanidade.

Mas por que alguns desenvolvem a doença e, em outros, ela permanece silenciosa?

“Isso está relacionado ao sistema imunológico de cada um. Quem não se alimenta bem, por exemplo, não responde à invasão de maneira adequada”, explica a epidemiologista. Indígenas em situações precárias, indivíduos infectados com HIV sem tratamento adequado e pessoas privadas de liberdade ou em situação de rua estão sob risco muito maior de sofrer a pane respiratória.

A condição é frequente nos países mais pobres do globo. Ela se desenvolve justamente em favelas e cortiços, locais com pouca circulação do ar e grande concentração de habitantes. Quem mora nesses lugares pena com a falta de dinheiro para se alimentar e não tem um serviço de saúde de qualidade. Tanto é que pequenas melhorias na condição social já são decisivas para uma queda nos números.

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